A engorda a pasto é uma alternativa com grande potencial para aumentar o sequestro de carbono
Pesquisadores do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária da Argentina (INTA) reconhecem que a engorda pastoral é uma estratégia produtiva que permite responder às novas exigências da sociedade. Quais as diretrizes de bem-estar animal e sustentabilidade para alcançar um produto final diferenciado, mais saudável e nutritivo.
“Há algum tempo, os critérios de consumo vêm mudando de mãos dadas com novos valores na sociedade. Por exemplo, aspectos como bem-estar animal e sustentabilidade começam a ser considerados, bem como a qualidade do produto a ser consumido, com maior preferência pelos mais saudáveis e nutritivos. Essas motivações do consumidor impulsionam estratégias como a produção de carne alimentada com pasto. A INTA reconhece o seu potencial e não hesita em assegurar que é uma alternativa sustentável, saudável para os consumidores e rentável para os produtores”, diz a entidade.
Para Sebastián Lagrange, especialista em produção animal do INTA Bordenave, de Buenos Aires, “a realidade do mercado nacional e regional mostra uma tendência clara para estimular a produção e o consumo de carnes produzidas com altos níveis de suplementação energética na fase de acabamento”.
Em relação ao sistema de produção, destacou os benefícios ambientais: “A engorda a pasto é uma alternativa com grande potencial para aumentar o sequestro de carbono orgânico do solo quando esse sistema é manejado com técnicas de pastejo regenerativo”.
É que, conforme explica o profissional, o pisoteio de animais ajuda a incorporar ao solo esterco e outros resíduos orgânicos em decomposição. “Isso se transforma em húmus, que promove o crescimento das raízes das plantas, a retenção de água e o desenvolvimento de microrganismos, ao mesmo tempo que ajuda a reduzir os níveis de dióxido de carbono na atmosfera e compensar os gases emitidos pelos animais”, explicou.
Fonte: RVNews.
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